Bem vindo a bordo marujo!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Paraty, 05 de Setembro de 2011

A aula deste dia foi administrada pelo professor Frankilin e abordava termos mais técnicos dos quais tenho certeza que vamos nos familiarizar com o tempo.
Dentro dessa aula o professor apresentou-nos termos como "calado", "obras vivas" e "obras mortas", "linha d'água","Trim"
, "Boca", "cavitar" .... Com certeza iremos rever esses termos muitas vezes.
Após essa  parte da aula fomos visitar o estaleiro do pai do Elias, um dos alunos do curso onde pudemos ver muitos barcos em diferentes fases no processo de construção.
























Foi bem legal ver vários barcos de diferentes materiais em diferentes estágios de acabamento. Mas particularmente eu gostei muito da história da calefação. Achei bem interessante o uso de cordas para fazer a base antes da aplicação da massa.

Depois da aula, voltando para casa aproveitei para fotografar uma embarcação que que exemplifica bem a fase das cavernas.







Proposta de pesquisa:

"LPP"

Também nos sugeriram um dicionário de termos náuticos com expressões locais. Aqui vou postar um dicionário com os termos comuns e conforme o decorrer do curso vamos adicionando os termos da região.
A
Adriça – cabo para içar velas ou bandeiras.
Alheta – zona do costado de uma embarcação entre a popa e o través.
Amantilho – cabo que sustenta uma verga ou retranca.
Amura – zona do costado de uma embarcação entre a proa e o través.
Antepara – divisória vertical no interior da embarcação.
Aparelho – conjunto de cabos, poleame e velame de um navio.
Arinque – cabo amarrado a uma âncora e fixo numa boia, para safar a âncora se necessário.
Arnez – cinto de segurança que se fixa à embarcação através da linha de vida.
Arrear – ou baixar. Termo usado quando se baixa uma vela, bandeira, etc. (ver içar)
Arribar – afastar a proa da direção vento. (ver orçar)

B


Barlavento – lado de onde sopra o vento. (ver sotavento)
Boca – largura máxima de uma embarcação.
Boça – pequeno cabo de amarração geralmente preso à proa das pequenas embarcações.
Boeira- recipiente para esgotar água de uma embarcação.
Boom Jack – o mesmo que burro.
Bombordo ou Boreste- lado esquerdo de uma embarcação quando olhamos para a frente. (ver estibordo)
Bordejar – navegar virando de bordo com alguma frequência.
Brandal – cada um dos cabos que sustentam os mastros no sentido transversal.
Bujarrona – mastaréu que se segue ao gurupés. Vela que é envergada no estai da bujarrona.
Burro – cabo ou peça que impede a retranca de subir.
Buzina – olhal que dá passagem a cabos.

C

Cabeço – peça de ferro destinada a receber voltas de cabo para fixação de uma embarcação.
Caçar – alar a escota de uma vela.
Calado – distância da linha de água ao ponto mais baixo da quilha.
Cana do leme – barra fixa no leme para o manobrar.
Cambar – mudar de um bordo para o outro deixando o vento pela popa.
Carlinga – peça de madeira ligada à sobrequilha com um encaixe onde fixa o mastro.
Caturrar – oscilação de uma embarcação no sentido popa-proa por efeito da ondulação.
Convés – pavimento da 1ª coberta.
Costado – parte lateral e exterior de uma embarcação.
Croque – vara com um gancho na extremidade para puxar cabos, ou outros objectos para bordo.
Cunho – peça de madeira ou ferro fixa no convés, com duas orelhas para nela se dar volta a cabos.

D

Defensa – objecto maleável que se coloca ao longo do casco para o proteger.

E

Enora – abertura no pavimento por onde passa o mastro.
Escota – cabo fixo à vela para manobra desta. (ver punho da escota)
Escotilha – abertura no convés para dar passagem a pessoas ou material.
Escuna – navio à vela com dois mastros e um só mastaréu em cada mastro. Arma pano latino podendo no mastro de proa largar pano redondo.
Estai – cabo que sustem desde a vante um mastro. Normalmente em aço. Também é corrente denominar de estai a vela que enverga neste cabo.
Esteira – bordo inferior da vela. (ver testa e valuma)
Esticador – ou macaco esticador é uma peça aplicada ao chicote de certos cabos, como brandais, para os atesarem.
Estofo da maré – periodo de tempo em que não há corrente de maré.

F

Farol – construção notável num ponto da costa para aviso e prevenção à navegação.
Farois de navegação – As luzes de navegação de uma embarcação. Visíveis de frente, vermelho a bombordo e verde e estibordo. Branca vista da popa.
Ferro – o mesmo que âncora.
Folgar – aliviar (normalmente uma escota).
Forqueta – forquilha metálica onde se fixa o remo.
Fundear – largar para o fundo uma âncora de modo a embarcação ficar segura.

G

Gaio – cabo que aguenta o pau de palanque (ou de spi) de modo a este não subir.
Garrar – arrastar o ferro por este não segurar bem a embarcação.
Garruncho – peça de fixação de uma vela ao estai.
Genoa – vela de proa maior que um estai.
Giba – vela triangular que enverga ante a vante da bujarrona.
Gurupés – mastro que sai por fora da proa com uma inclinação de cerca de 35º relativamente ao plano horizontal.

H

Hastear – içar, arvorar, fazer subir (normalmente sinais).

I

Iole – embarcação de recreio de dois mastros. Ao contrário do ketch a roda de leme fica à frente da mezena.

K

Ketch – embarcação de recreio de dois mastros em que a roda de leme fica atrás da mezena.

L

Leme – peça destinada ao governo de uma embarcação.
Linha de água – linha que separa as obras vivas das obras mortas.
Linha de vida – cabo que se fixa ao arnez e a um ponto da embarcação de modo a que um tripulante não seja levado pelo mar.

M

Macaco – o mesmo que esticador.
Manilha – peça metálica em forma de “U” em cujos topos abertos passa uma cavilha de forma a poder ser fechada. Serve para ligar correntes, etc.
Mastaréu – pequeno mastro que se fixa e prolonga noutro mastro ou mastaréu.
Mastreação – conjunto dos mastros, vergas e paus.
Meia-nau – a mediania da embarcação.
Meio-navio – região da embarcação a meio do seu comprimento.
Mezena – vela que enverga no mastro da mezena, o mastro que fica mais à popa.
Moitão – peça de poleame, de madeira ou metal, na qual está montada uma roda em meia-cana por onde passa o cabo. Roldana.
Molinete – aparelho de força com manivela para ajudar a caçar cabos.
Mordedor – aparelho que pode impede um cabo de correr.
Mosquetão – peça metálica de abertura rápida aplicada nos chicotes dos cabos, para que estes se possam fixar nos punhos das velas.

N

Nadir – ponto onde a vertical que passa por um lugar na terra encontra a esfera celeste no lado oposto ao zénite.
Nauta – navegador, marinheiro.
Nó – medida de velocidade correspondente a uma milha por hora (1.852 metros/hora).

O

Obras mortas – parte do casco de uma embarcação que não está submersa.
Obras vivas – parte submersa do casco de uma embarcação.
Orçar – aproximar a proa da direcção do vento.

P

Patilhão – acrescento aplicado na quilha para aumentar a estabilidade e a resistência ao abatimento numa embarcação à vela.
Pau de Palanque – vara onde amura o balão.
Pau de Spi – o mesmo que pau de palanque.
Piano – aparelho múltiplo que impede um conjunto de cabos de correr. Permite um esforço maior que um mordedouro.
Poço – numa embarcação de recreio, o desnível no convés onde habitualmente se comanda o barco.
Polaca – vela latina triangular que se enverga à proa em ocasiões de mau tempo.
Pontal – distância que vai da parte superior da quilha ao convés da embarcação.
Popa – parte de trás de uma embarcação.
Porta do leme – parte inferior do leme que trabalha na água.
Proa – parte da frente de uma embarcação.
Punho da amura – canto da vela que fica inferiormente junto ao mastro ou ao estai.
Punho da boca – numa vela quadrangular, é o punho superior situado junto ao mastro.
Punho da escota – canto da vela onde fixa a escota.
Punho do gurutil – nas velas redondas fica nos extremos do gurutil.
Punho da pena – nas velas triangulares é o punho pelo qual é içada a vela. Nas quadrangulares é o punho superior e exterior.

Q

Quilha – peça longitudinal que fecha o cavername da embarcação.

R

Ré – parte de trás de uma embarcação.
Retranca – peça de madeira ou metal que num topo se apoia ao mastro no sentido proa-popa e no outro se fixa o punha da escota da vela.
Rizar – reduzir o pano das velas.
Riza – cabo que ajuda a manter o pano reduzido.

S

Singradura – caminho percorrido num único rumo.
Sloop – embarcação de um só mastro e aparelho latino.
Sotavento – lado para onde sopra o vento. (ver barlavento)
Spi – ou spinaker, o mesmo que vela de balão.
Suspender – levantar a âncora trazendo-a acima.

T

Testa – nas velas latinas é o bordo que encosta ao mastro e nas redondas os lados que ficam de cima para baixo. (ver esteira e valuma)
Traquete – vela redonda que enverga no mastro de proa.
Través – cada um dos lados de uma embarcação.

U

Unha – extremo da pata da âncora.
Unhar – a acção de uma unha a enterrar-se no fundo.

V

Valuma – bordo de uma vela latina que fica para o lado da popa. (ver esteira e testa)
Vante – zona da frente de uma embarcação. (ver ré)
Vau – vigas horizontais que assentam no mastro, para bombordo e estibordo para suporte dos brandais.
Vela Balão – vela triangular de grande superfície para ventos de popa. Normalmente de tecido leve e colorida.
Vela Grande – maior vela de uma embarcação. É envergada no mastro grande.
Velame – conjunto de velas.
Verdugo – régua de madeira ou de outro material em volta do casco para o proteger.
Verga – peça de madeira ou metal onde é ligada a parte superior da vela.
Vigia – abertura para dar luz e ar ao interior, que se pode ou não abrir.

Z

Zénite – ponto, em qualquer lugar da Terra, onde a vertical prolongada acima do observador, vai aparentemente, encontrar a esfera celeste.

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